26/08/2009

Caipira


O termo caipira (do tupi Ka'apir ou Kaa-pira, que significa "cortador de mato", é o nome que os índios guaianás do interior do estado de São Paulo, no Brasil, deram aos colonizadores caboclos, brancos, mulatos e negros).

É também uma designação genérica dada, no Brasil, aos habitantes das regiões situadas principalmente no interior do sudeste e centro-oeste do país. Entende-se por "interior", todos os municípios não pertencem às grandes regiões metropolitanas nem ao litoral onde existe o caiçara. O termo caipira teve sua origem e costuma ser utilizado com mais frequência no estado de São Paulo. Seu congênere em Minas Gerais é conhecido como "capiau" (palavra que também significa "cortador de mato"). No Nordeste do Brasil como "matuto" e no Sul como "colono".

Origem

O núcleo original do caipira foi formado pela Região do Alto Tietê, estão entre as primeiras vilas fundadas no interior de São Paulo, durante o Brasil colonial, e de onde partiram algumas das importantes bandeiras no desbravamento do interior brasileiro. Os bandeirantes embarcavam em canoas, no rio Tietê, na cidade de Porto Feliz naquela região.

No quadrilátero formado pelas cidades de Campinas, Piracicaba, Botucatu e Sorocaba, no médio rio Tietê, ainda se preservam a cultura e o sotaque caipiras. Nesta região, o caipira sofreu muitas transformações, influenciado que foi pela maciça imigração italiana para as fazendas de café.

Na região norte paulista (de Campinas à Igarapava) povoada posteriormente, no início do século XIX, a presença de migrantes de Minas Gerais foi grande dando outra característica à região. Já o Oeste de São Paulo, de colonização recente (início do século XX), já surgiu com a presença italiana, japonesa, mineira e nordestina, também formando uma cultura bem diferente das regiões mais antigas de São Paulo.

Dialeto caipira

O dialeto caipira é um dialeto da língua portuguesa falado pelo caipira no interior do estado de São Paulo, inicialmente na Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista, e em parte dos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás no Brasil. Difere acentuadamente do idioma padrão brasileiro em sua estrutura fonológica, sendo algumas características "r aproximante alveolar", a ausência de consoantes laterais palatais (lh), que são permutadas pela semivogal "i", a permutação do "l" de fim de sílaba por r, a ausência dos ditongos "ei" e "ou" (substituídos por "e" e "o"), a apócope ou síncope em palavras proparoxítonas e a aférese em muitas palavras. Possui numerosas expressões próprias, e, ao contrário do que acontece com a língua padrão do Brasil e de Portugal, o plural só é indicado em um substantivo ou adjetivo quando este não é determinado por um artigo, ex.: singular: casa; plural: casas; singular: a casa branca, plural: as casa branca.

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